sexta-feira, abril 29, 2011

Brisa antiga conjunta dos anônimos


"Porque o ponto de vista de vocês é tão fechado?

Porque encaram tudo como verdade absoluta?

Não é justo...

Mas justiça a muito passou a ser a defesa de sua própria honra...

Estamos todos fadados aos sete palmos do chão...

Beijos para quem será cremado.

Cairemos sem saber sequer o que nos atingiu?

Quando pensamos que deixamos de existir por algo, será que é por algo ainda maior?

Sim...

Eu penso em tudo porque creio que existam pessoas do outro lado do mundo contestando da mesma forma que vocês...

Sob o ponto de vista de outra crença, de outros pensamentos, desejos...

Não que ela seja a verdade...

Ou a vossa seja mentira...

Mas a nossa também não pode ser considerada a única sobre a terra...

Somos humanos...

E o simples fato de termos desejos e não abdicarmos deles...

Já nos determina...

Para sermos inteiramente espirituais...

Não deveríamos ser humanos?

Ou transcender a humanindade?

Mas quem quer abdicar da sua própria felicidade ou desejo para ser algo puramente espiritual?

O morto é feliz?

Talvez.

Alguns confirmam.

Mas o morto findou sua existência ali?

Ele fez o que desejou antes de cair?

Ou continuou após deixar de existir?

Ele continuou a existir após deixar de "existir"?

A verdade sobre a vida é a felicidade?

A felicidade verdadeira são nossos desejos realizados?

Os desejos são a felicidade verdadeira?

Aí chegamos na cruel questão...

Para que existimos senão para satisfazer desejos, sejam nossos ou alheios?

Façamos bom uso de nossos desejos então?

Vivo de questionar o mundo, quando parar, significa que eu caí?"

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